Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008

Desafio nº11 – Fugir da Inveja

 
Sou cada vez mais levada a pensar que a INVEJA é a mãe de todos os defeitos.
Porque a inveja traz por arrasto a maior parte dos grandes defeitos, dos grandes males da nossa sociedade.
Quem inveja é mesquinho, vive do rancor e do ódio, deseja mal aos outros por considerar que não merecem o que têm.
E contudo, a inveja é uma das realidades com que mais lidamos todos os dias.
Desenganem-se aqueles que pensam que só os poderosos, os ricos ou os tais que aparecem nas revistas cor-de-rosa, estão sujeitos a este mal.
Você que lê este texto sabe bem do que falo.
Pode ser uma colega do trabalho (ou um colega), pode ser uma vizinha, uma amiga, um familiar, ou tudo junto.
Mas a verdade é que vivemos rodeadas pela pequena inveja, aquele tipo de situação em que encontramos nos olhos dos outros aquilo que não queríamos ver.
Sinceramente, quantas vezes encontramos alguém que fique genuinamente feliz com a felicidade dos outros, tenha ela a forma que tiver?
Começasse uma conversa e falasse de sicrano que está óptima, perdeu uns quilos, ou arranjou um novo emprego, ou um novo namorado, seja lá o que for, e há sempre uma alma caridosa a levantar uma suspeição, a colocar um suspiro na conversa e deixar cair um pedaço de veneno.
 
Nisto, minhas queridas, temos que ser verdadeiras. Nós mulheres somos bem piores do que os homens e a razão é simples: Eles sempre detiveram o poder, e o jogo a feito a níveis muito mais elevados.
Nós, pelo contrário, ficámos demasiados anos confinadas ao papel de meras espectadoras, competindo unicamente umas com as outras.
 
Hoje as coisas mudaram, mas basta falar com qualquer mulher para perceber no local de trabalho e cá fora, os piores inimigos são...as outras mulheres.
 
Ora toda esta conversa para vos dizer que acredito sinceramente que estarmos ao alcance de quem nos quer mal, de quem nos inveja, é como absorver ondas negativas e que causam malefícios.
 
E quer queiramos ou não, muitas das nossas atitudes são condicionadas por este sentimento que nos chega de muitos lados.
 
Por isto tudo, o meu desafio desta semana é FUGIR Á INVEJA!
Faça ouvidos moucos, finja-se de estúpida, sei lá o quê, mas ignore a mesquinhez que a quer levar para baixo, que lhe corta as expectativas na vida e que lhe põem um peso nos ombros.
 
Aguardo os vossos comentários e até para a semana.
 
publicado por Luísa Castel-Branco às 12:30
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Terça-feira, 15 de Janeiro de 2008

Resposta ao desafio nº10

Luísa
 
Adorei ler. Sobretudo, adorei sua coragem.
Nem imagina as vezes, que já pensei fazer o mesmo.....
Estou tão cansada de me sentir abusada. Se calhar, falo de mais.
Mas, mesmo falando de menos, tenho a sensação de que aqui em casa, são surdos e ligeira// mudos.
Sou daquelas mães, que podiam já ser avós, de 1 filho adolescente. Mulher, de 1 homen que me parece estar a ficar senil.
Já imaginou?
Acredite, qq dia faço as malas porque eles não vão morrer à fome.
Mas volto.
Será que vou ter a mesma sorte de ver tudo direitinho? Torço para que não usem lexivia ( rs )
 
Ainda lhe posso desejar que tenha um 2008 iluminado.
Saúde a rodos. O resto, vamos levando.
Abraço
Carmen
Pois é, há momentos em que nos apetece desaparecer e sonhar que quando retornarmos ao nosso lar tudo vai estar diferente .
Mas os sonhos têm tendência para não se concretizar e das duas uma, ou ficamos aparvalhada no meio da confusão total ou abrimos a porta e voamos!
O amor fala mais alto, e felizmente o bom senso também.
Mas existem pequenos passos que se podem dar. Como os nossos queridos filhos têm dificuldade em ouvir, talvez deixar acabar toda a roupa limpa, ou de propósito deixar o quarto deles naquele nojo que agente sabe, até terem dificuldade em abrir a porta, passada a hora da refeição não ter nem um pedaço de pão em casa, bem, é um esquema de tortura chinesa que pode alcançar bons resultados.
Quanto ao seu marido, como homem que é, tem o bom senso e instinto de sobrevivência para se alienar de tudo o que o rodeia. Vai ver que é mesmo só isso!
Por ultimo tenho boas noticias e más também. Começo pelas más : Não sei bem que idade têm os seus filhos, mas posso dizer-lhe que esta fase dura e dura e dura!
As boas noticias são que um dia, rapazes ou raparigas, vão mesmo acreditar que você é uma Santa. Garanto-lhe!
Um abraço e volte sempre
publicado por Luísa Castel-Branco às 21:03
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Sábado, 12 de Janeiro de 2008

Desafio nº10 – O elogio da preguiça

 
Estamos nas primeiras semanas do ano, e já deitamos os bofes pela boca, perdoem-me a expressão.
Daí que me tenho vindo esta ideia.
Ora, comecemos pelo princípio.
Estamos habituadas ao ritmo alucinante da nossa vida, certo?
Andamos a correr de um lado para o outro, tentando apanhar todas as bolas ao mesmo tempo.
E consideramos, porque a tal somos obrigadas, perfeitamente natural ser Mãe, Amante, Dona de Casa, Profissional, Filha, etc. e tal.
Ponde de parte todas as nossas frustrações relativas a qualquer uma destas áreas, a verdade pura e simples é que não temos tempo para nada.
 
Não sei se é uma condicionante genética, ou resultado da nossa educação e moral, olhamos para o ócio como um crime, um pecado.
 
Mas na verdade, o que deveríamos fazer, era exigir a toda a gente, que respeitasse os nossos momentos de silêncio, de solidão, os momentos despendidos num hobby, ou fosse o que fosse.
 
Se habituarmos os seres que nos rodeiam, nomeadamente a nossa família, a que, uma vez por dia, uma vez por semana e em ultimo caso, uma vez por mês vamos tirar umas horitas para nós e não queremos ser incomodadas a não ser que algum dos meninos tenha partido a cabeça, talvez, não digo de imediato, mas a médio prazo a coisa resulte.
 
Recordo-me de quando vivia sozinha com os meus filhos, ter por princípio abrir a porta da casa a todos os amigos deles. O que quer dizer que aquilo mais parecia um albergue do que uma casa particular.
Mas resultou porque desta forma eu sabia quem eram os amigos, e dava-lhes um local onde estarem.
 
Claro que a coisa era mais fácil porque não tendo homem em casa, não havia hipóteses de interferências.
 
Um dia Sábado cheguei a casa esgotada pelo trabalho e deparei-me com a loucura total.
Na cozinha, os pratos amontoavam-se de tal forma, que um simples espirro partiria a louça toda.
Havia embalagens de pizas por todo o lado, roupa espalhada pelo chão, garrafas de Coca-Cola vazias.
 
Os meus três queridos estavam calmamente a ver televisão, no meio do chavascal, com o ar mais impávido do mundo.
 
Recordo perfeitamente que meti a chave à porta, dei uma volta pela casa, dirigi-me ao meu quarto, sempre em silêncio.
Eles já sabiam que o meu silêncio nunca trazia nada de bom, e um a um vieram ter comigo a meter conversa.
 
E eu, nada!
 
Em poucos minutos, fiz uma mala com o mínimo possível, fechei-a e dirigi-me para a porta.
 
Ainda estou a vê-los, os três adolescentes estacados e boquiabertos.
 
Abri a porta da rua e disse-lhes que me recusava pura e simplesmente a chegar a casa e encontrar aquele nojo!
 
Nessa noite fui dormir a um hotel. Dormi pouco diga-se a verdade, não porque eles não tivessem já idade para passarem uma noite sozinhos, mas porque a mim me doía o coração por me ter zangado.
 
No outro dia, Domingo, cheguei a casa e tudo brilhava!
Bem, a coisa não me saiu barata porque os meninos resolveram lavar o chão de madeira com lixivia e lá se foi ao ar o tratamento, mas o que realmente importava era terem percebido a mensagem.
 
Gostava de vos dizer que nunca mais encontrei a casa desarrumada. Mas seria mentira!
Contudo, daquela forma não tornou a acontecer e nunca mais falamos sobre a minha noite fora.
 
Dito isto, penso para mim mesma, que se calhar também tenho que tomar medidas como estas relativas a outras pessoas!
 
Quem sabe o resultado?
 
Todas nós temos direito à preguiça!
 
Aguardo os vossos comentários e histórias!
 
 
publicado por Luísa Castel-Branco às 11:06
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