na Terça-feira, 10 de Novembro de 2009 às 21:43:
So casada a 16 anos...meu marido se mostra apaixonado por mim,mas Ñ me permite ter amigas,nem me permite visitar a familia...p faze-lo sempre tem briga...moro longe de todos...só descobri isso ao mudar d estado...passei mais de 5 anos sem v amigos e parente...quando tomei coragem p viajar eu pedi,como um filho pede ao pai,ele derrubou porta,qbrou as coisas,pensei q iria me bater,tive medo pela primeira vez...todos tem medo dele...eu tbm...ele nunca me encostou o dedo...mas são tantos anos reprimida,q acabei deprimida,tentei suicidio...lendo sua matéria vi q ele sempre me colocou p baixo...sempre me fez sentir ninguem...até o dia em q disse claramente q sou louca e ñ confia as criancas a meus cuidados...gente eu nunca deixei nem minha mãe cuidar d meus filhos,sempre fui dedicada ao extremo...só q eles são adolecentes e sentem o q o pai faz...eles tbm temem o pai...Ele faz todo esse escando depois se faz de vitima e eu acabo me sentindo um lixo por deixar fazer isso comigo...pq sou tão fraca?
Querida leitora,
Retirei a sua identificação por razões óbvias.
Não encontro fraqueza nenhuma em si, como afirma no seu relato. Muito pelo contrário, acredito que muitas outras mulheres já teriam desistido, pura e simplesmente.
A violência psicológica é terrível. Contrariamente à física não deixa marcas exteriores mas correi o corpo e abafa a alma.
Não sei de onde me escrevo, presumo que do Brasil. Gostava de saber exactamente de onde, para tentar encontrar alguma organização que a possa ajudar.
Não desista. Eu sei que é fácil de dizer, e mesmo que eu tente não posso imaginar aquilo que tem suportado ao longo dos anos.
Infelizmente, também aqui em Portugal existem muitas mulheres na sua situação e o pior é que preferimos ignorar a situação.
Temos muitas leis de apoio às mulheres, mas esquecemos que o país não é Lisboa e que na maior parte dos locais os homens continuam a ter o apoio quer da família, que acha normal, quer das próprias autoridades.
Mas você tem filhos. E eles são o seu futuro.
Por favor envie-me, mesmo que não seja para publicar o seu local exacto.
Farei os impossíveis para a ajudar.
Um abraço,