Olá Luísa... Antes demais queria dar-lhe os parabéns por cada crónica... Consegue com que fique colada ao ecrã a ler cada palavra sensata que publica... Em relação a esta começaria o meu comentário com... Dramática?! Nada disso apenas realista, também eu faço parte dessa percentagem de mulheres que se "separou" após umas férias... No meu caso nada tem a ver com levar crianças atrás, aliás somos jovens e achei que nada poderia correr mal... Mas enganei-me, não sei se por culpa minha como ele diz, mas o certo é que estamos à beira da ruptura... Se calhar somos nós mulheres que ganhamos expectativas demais e depois nada correr como gostaríamos, mas o certo é que para além da grande pressão que se vive diariamente, havia um grande conjunto de coisas que esperava dele e nada disso aconteceu bem pelo contrario... Passei os dias a desejar o regresso a Lisboa e afastar-me dele para poder pensar em mim... Nada disso ele compreendeu, aliás culpou-me pelas coisas não terem dado certo, disse-me que não consegui deixar o trabalho cá, que não consegui divertir-me, que não consegui viver as férias... Se calhar até tem razão fui egoísta mas acho que a culpa nunca é só de uma parte... Agora quando li o escreveu identifiquei-me com cada palavra, mas continuo sem saber o que fazer relativamente à nossa relação... Foi a primeira vez que alugamos um apartamento para as férias, claro que é necessário cozinhar, limpar, arrumar coisas básicas de um dia a dia onde não houve colaboração, e para quem prometia mundos e fundos muito foi o que ficou por cumprir... Fiquei triste com a atitude dessa semana e muito foi o que pus em causa... E agora continuo aqui com as minhas duvidas sem saber muito bem que rumo dar às coisas... Beijinhos
Alexandra,
Tem razão, a culpa nunca é de um lado só.
Ao ler o seu comentário veio-me à cabeça algo que ando a dizer há muito tempo.
Alguém devia avisar os casais que os primeiros tempos em comum são terríveis!
Seja casamento ou união de facto, a verdade é que mal se juntam os trapinhos e os chinelos por de baixo da cama tudo muda.
Quando as mulheres eram apenas um elemento passivo, esta realidade era ainda pior.
Mas passar do namoro à coexistência a dois é realmente muito difícil.
Foi o que lhe aconteceu, mesmo que só durante um período de férias.
Cada um de nós leva para essa convivência de 24 horas a sua própria realidade. E sim, eles são diferentes, irritantes e precisam de ser ensinados.
E sim, nós somos a maior parte das vezes fanáticas da limpeza e organização, perdemos a cabeça com a roupa pelo chão e a maldita tampa da sanita para cima.
Mas o que importa é o resto.
A melhor forma de aferir o amor, querida Alexandra, é imaginar que de repente, por exemplo por uma razão de doença, ou imagine que perdia alguém da família que ama, quem queria ter a seu lado.
Se essa pessoa é o seu namorado, então minha querida, invista nele e em si.
Vai valer a pena limar as arestas e depois, se chegar à conclusão de que é impossível o viver a dois, bom, pelo menos você tentou.
O amor não aparece todos os dias.
Um abraço,
De Marta a 18 de Novembro de 2009 às 12:35
Luisa
A minha admiração por isso cresce de dia para dia.
Parece-me que neste mundo real ou virtual é necessário a existencia de alguém sensato em determinadas circunstancias.
Ora a Sara que me desculpe mas concordo com as palavras da Luisa.
A traição não é justificada por um descurar da vida sexual.Quem ama faz de tudo para não magoar o outro, e sim o sexo é fundamental, mas não é o mais importante.
Onde fica o respeito, o carinho, o cuidado parA com o companheiro/a?
"Quem nos faz mal não nos merece"
De Ana Paula Fernandes a 24 de Novembro de 2009 às 00:13
D.Luisa
Só lhe queria dar os parabéns pelos seus livros que ADOREI!!
Obrigada pela boa leitura que me proporciona.
Ana Paula Fernandes
Confesso que este texto inquietou-me. E a ele fiz um link com a violência doméstica, a psicológica. Só há pouco tempo é que me dei conta dessa realidade. Tudo o que nos faz diminuir a nossa auto-estima poderá ser considerado violência psicológica. E volto ao que aqui foi escrito, sublinhando o que me fui perguntando desde a primeira leitura deste post: "se me acontecesse algo fatídico, quem é que eu queria ao meu lado? Era agradável ter a companhia do meu companheiro? Era isso que eu quereria?" Um excelente termómetro da relação. Mais uma vez, agradecida pelas suas palavras partilhadas.
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