Parabens,Luisa.
Gostei muito da entrevista que deu hoje na RTP, também eu tive um AVC, isto aconteceu á sete anos atrás, tinha eu 31 anos e dois filhos pequenos, um com 17 meses e outro com 6 aninhos. Graças adeus e a uma excelente equipa de médicos e profissionais, do Hospital Sao Teotonio de Viseu, e à minha querida MÃE .
Eram, 9.00h da manhã de sábado e como era hábito estava no meu local de trabalho, comecei a sentir umas pequenas tonturas e um pouco enjoada, pensei que era a falta da cafeina ( a minha droga, sem ela ainda hoje não consigo pensar, nem viver ). Passado uns minutos comecei a ter desiquilibrio e a vomitar, os meus colegas levaram-me logo de imediatamemte para as urgências. Dai mandaram-me para casa (ainda não sei porquê), como não tinha lá ninguem, fui para casa dos meus pais, passados umas horas como a minha mãe não viu melhoras nenhumas, comentou com o meu marido, ele então levou-me novamente ás urgencias do meu centro de saude, fui logo para o hospital de Viseu, ai sim, fui logo atendida pela excelente equipa de especialistas deste hospital. Durante este tempo todo, não tinha noção do que se estava a passar, porque estava sempre a dormitar, algumas destas coisas foram me contadas outras fui-me lembrando aos poucos, mas nunca mais me irei esquecer da sensação de dependencia de terceiros e de incapacidade.Torna-se um pouco complicado, durante os primeiros dias precisar dos outros para andar, tomar banho, ir á casa de banho, comer, mas o que me fez sofrer mais, foi não poder ver os meus filhotes. Claro que fiquei com algumas sequelas, não a nivel fisico mas a nivel neurologico, com esquecimento, falta de concentração, a tal apatia, depressão, a mudança de presonalidade como mencionou e nunca ninguem me referiu. Apesar, disto tudo estou cá erei estar, foi graças a esta teimosia e o grande apoio dos meus filhotes, meu maridão, meu pai e aminha mãe(meu anjo da guarda) que vou continuar a chatiar e refilar com todos.
Espero que com este testemunho as pessoas lutem para viver, porque por mais mal que estejamos á sempre alguem pior que nós e que lutam ainda mais, e, á sempre solução para todos os problemas menos para a morte, eu quero viver para ver os meus "terroristas" crescer e á tanta, mas tanta coisa para ver, para conhecer, para fazer que não se pode deixar de lutar.
Beijocas, Fátima.Parabens,Luisa.
Gostei muito da entrevista que deu hoje na RTP, também eu tive um AVC, isto aconteceu á sete anos atrás, tinha eu 31 anos e dois filhos pequenos, um com 17 meses e outro com 6 aninhos. Graças adeus e a uma excelente equipa de médicos e profissionais, do Hospital Sao Teotonio de Viseu, e à minha querida MÃE .
Eram, 9.00h da manhã de sábado e como era hábito estava no meu local de trabalho, comecei a sentir umas pequenas tonturas e um pouco enjoada, pensei que era a falta da cafeina ( a minha droga, sem ela ainda hoje não consigo pensar, nem viver ). Passado uns minutos comecei a ter desiquilibrio e a vomitar, os meus colegas levaram-me logo de imediatamemte para as urgências. Dai mandaram-me para casa (ainda não sei porquê), como não tinha lá ninguem, fui para casa dos meus pais, passados umas horas como a minha mãe não viu melhoras nenhumas, comentou com o meu marido, ele então levou-me novamente ás urgencias do meu centro de saude, fui logo para o hospital de Viseu, ai sim, fui logo atendida pela excelente equipa de especialistas deste hospital. Durante este tempo todo, não tinha noção do que se estava a passar, porque estava sempre a dormitar, algumas destas coisas foram me contadas outras fui-me lembrando aos poucos, mas nunca mais me irei esquecer da sensação de dependencia de terceiros e de incapacidade.Torna-se um pouco complicado, durante os primeiros dias precisar dos outros para andar, tomar banho, ir á casa de banho, comer, mas o que me fez sofrer mais, foi não poder ver os meus filhotes. Claro que fiquei com algumas sequelas, não a nivel fisico mas a nivel neurologico, com esquecimento, falta de concentração, a tal apatia, depressão, a mudança de presonalidade como mencionou e nunca ninguem me referiu. Apesar, disto tudo estou cá erei estar, foi graças a esta teimosia e o grande apoio dos meus filhotes, meu maridão, meu pai e aminha mãe(meu anjo da guarda) que vou continuar a chatiar e refilar com todos.
Espero que com este testemunho as pessoas lutem para viver, porque por mais mal que estejamos á sempre alguem pior que nós e que lutam ainda mais, e, á sempre solução para todos os problemas menos para a morte, eu quero viver para ver os meus "terroristas" crescer e á tanta, mas tanta coisa para ver, para conhecer, para fazer que não se pode deixar de lutar.
Beijocas, Fátima. Fátima,
O seu texto não podia ser mais oportuno, depois do comentário que deixei à leitora acima.
Claro que sabemos que cada caso é um caso, mas a força é indispensável e o apoio da familia igualmente.
Reconheci-me em muitas das coisas que disse, e claro que ninguém nos fala das profundas alterações de personalidade com que poderemos ficar.
Mas, tal como a Fátima, o amor dos meus filhos foi a causa maior da minha força. E a minha neta que ia nascer!
Mas o amor do meu companheiro de vida foi o meu suporte incondicional.
Tudo de melhor para si, e sempre com essa força.