Eu sei, estão todas a pensar, mas que raio de desafio é este?
E têm razão. Quer dizer, falar sobre sexo é hoje em dia a coisa mais comum.
Pega-se numa qualquer revista, para mulheres ou para homens e invariavelmente, até porque os estudos apontam para que quando na capa aparece a palavra sexo, vendem muito mais, mas dizia eu, aparecem guias, formulas, enfim um manancial de informações sobre o assunto.
Mas serão reais estes textos, estes testes para saber se encontrou o seu parceiro de cama ideal, estas listagens do que fazer para apimentar a sua vida sexual, etc., etc.?
Pois eu acho que não. Creio mesmo que não há nada mais frustrante do que ler um destes artigos.
Orgasmos múltiplos? Zona G? Kama Sutra?
Vamos cair na realidade se faz favor e a bem da nossa cabeça, e das nossas relações afectivas!
É tudo muito bonito e cor-de-rosa mas ninguém explica o reverso da medalha.
O sexo não é algo que se possa encaixar num qualquer questionário.
Claro que depende da nossa idade, da fase da vida, se estamos sozinhas ou acompanhadas.
E depois, é preciso dizê-lo, a principal causa/consequência da nossa vida sexual é apenas uma coisa: A REALIDADE!
Quando se escreve sobre sexo, fica para trás a realidade.
As crianças no quarto ao lado, a tampa da sanita levantada e a roupa espalhada pelo chão, o cansaço total após um dia de trabalho fora e dentro de casa, a maldita rotina e muito mais.
Mas quando lemos uma qualquer revista, somos levadas a sentirmo-nos culpadas, inferiorizadas, anormais.
É como se fora das nossas portas, toda a gente andasse a navegar no sétimo céu dos orgasmos e do sexo todos os dias, isto a par das fotografias que acompanham os ditos artigos, e onde as mulheres são sempre lindas de morrer e nós, somos apenas...mulheres normais.
Pois digo-vos eu que é tudo uma grandessíssima treta!
E já agora, quantas de nós fala sobre a sua vida sexual? Quantas de nós temos uma amiga verdadeira a quem possamos dizer que a coisa não anda lá muito bem por todas as razões apontadas?
Uma coisa é certa. Uma vez mais, minhas amigas compete-nos a nós apimentar a coisa!
E se conseguirmos fugir um fim-de-semana para qualquer lado, então talvez tenhamos direito a um pedaço do dito céu!
Se tal não for possível, temos mesmo que dar volta à imaginação, e pedir a nós mesmas mais um esforço para fugir à rotina e ao cansaço.
Não acreditem nessas histórias que por ai andam! Se fossem verdade, as ditas revistas também estavam cheias de histórias de casamentos felizes, em vez do troca e vira dos divórcios!
A realidade é muito menos estimulante do que o sonho. Mas viver a sonhar pode ser perigoso!
E aqui fica o meu desafio: Conte-me a sua história ou a sua opinião sobre esta era do prazer total!
Um abraço, e até para a semana.